domingo, 5 de março de 2006

PORNOGRAFIA MÓVEL

Este é o título de uma peça assinada por Andrés Aguayo, no El Pais de hoje, e conta o modo como a pornografia chegou aos telefones celulares.



Para além de fotos e vídeos, há jogos, videochamadas e tons com gemidos (rapaz, rapariga ou casal). Um dos públicos-alvo fundamentais: jovens e crianças. Pode aceder-se através do operador ou das páginas da internet (para o qual basta enviar uma mensagem SMS).

Revela ainda o texto que o negócio erótico na telefonia móvel deu um salto em frente quando, em Janeiro último, um congresso realizado em Miami (EUA) reuniu fornecedores de telefonia, fabricantes e distribuidores de conteúdos para adultos. Nos três dias do congresso, os assuntos debatidos foram: renatbilidade do negócio, projecções para o futuro, opções de regulamentação e modos de evitar o acesso a menores de idade.

Ainda o mesmo texto indica valores económicos em torno do negócio: 75% das vendas de conteúdos para adultos nos celulares (que ascendem a €400 milhões) tiveram a Europa como destino. Este ano, espera-se que a facturação atinja os mil milhões de euros. Interessa fixar ainda outro valor: as vendas através dos móveis representa somente 0,9% do total da indústria pornográfica (€47 mil milhões anuais em todo o mundo). O ano de 2009 será, possivelmente, o ano do boom, quando os Estados Unidos abrirem as portas a esse mercado.

Em Espanha, origem da notícia, o volume de negócio nas empresas de telefones móveis está a ter um grande sucesso. Com muita hipocrisia, as empresas adiantam não se responsabilizar pelo acesso de menores a tais produtos, já que as suas páginas de internet avisam que o conteúdo é para adultos. E, em Portugal, quanto vale o nicho de mercado? E quais as medidas para evitar o acesso aos jovens e crianças?

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