quinta-feira, 4 de maio de 2006

INVESTIMENTOS PUBLICITÁRIOS

No primeiro trimestre de 2006, foi a Unicer a empresa líder dos investimentos publicitários a preços de tabela, conforme os dados da MediaMonitor. Assim, "Em valor, a maior fatia do total investido a preços de tabela foi dirigida à televisão, com 70,6%. A imprensa captou 17,6% dos montantes totais, cabendo 11,8% aos restantes meios analisados pela MediaMonitor".




A classificação coloca a Unicer (cerveja Superbock entre outros produtos) em primeiro lugar, seguindo-se a Reckitt Benckiser (produtos de limpeza), a Leverlida (produtos de limpeza e alimentação, como Iglo e Olá), a Procter & Gamble (produtos de beleza e limpeza) e a Portugal Telecom (telecomunicações). Os 20 maiores anunciantes destacados na newsletter da Marktest colocaram 30,2% do valor publicitário registado no primeiro trimestre do ano, a preços de tabela.

Olhando de novo para a repartição do investimento publicitário distribuído pelos vários meios de comunicação, verifica-se uma excessiva concentração da publicidade na televisão (leia-se: canais privados), em desfavor dos outros meios, caso da imprensa (o que justifica valores menos bons nos jornais, como dei ontem um exemplo). E a rádio aparece subsumida em "restantes meios".

Certamente as empresas que colocam publicidade andam distraídas: na imprensa e na rádio não há zapping. As pessoas lêem e ouvem, não mudam de canal. Ou será que a publicidade é em product-placement, dentro dos programas? Acresce-se que, com cautela, a Marktest fala em preços de tabela. Que percentagem de descontos faz a televisão? Uma questão final: na lista dos maiores anunciantes, não está a Centralcer, sabendo-se da permanente "guerra" das cervejas com a Unicer (Sagres versus Superbock). Por que não aparece?

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