quarta-feira, 5 de julho de 2006

UM FILME SOBRE KLIMT


Gustav Klimt (1862-1918), reconhecido em Paris, era criticado em Viena antes e durante a Primeira Guerra Mundial. Mas ele não assistiria ao descalabro final do império austro-húngaro, internado no hospital, onde faleceria de pneumonia a 6 de Fevereiro de 1918. O quadro de Adele Bloch-Bauer, pintado em 1907 e recentemente leiloado por um preço exorbitante, estava já muito longe.

Criticado pela sensualidade das formas que pintava, Klimt integrou o movimento da Secession, em 1897, assente em pintores jovens e não convencionais, de grande qualidade estética e exprimindo-se ainda através de uma revista (ver o sítio oficial de Klimt). Klimt surge, assim, como um dos responsáveis pela art nouveau, na transição do século XIX para o XX.

O filme, dirigido por Raoul Ruiz e com John Malkovich no papel do pintor, tem um traço muito especial, através das imagens (panorâmicas, neve no interior de dependências de casa, espelhos e esconderijos, personagens-fantasmas) e dos sons (copos a partir, ruído de água).

Hoje, no final da tarde, a sala de cinema estava vazia. De outra vez que assisti a um filme sozinho, a sala fechou pouco depois por inviabilidade económica.

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