sábado, 16 de setembro de 2006

NEM SOL NEM SOMBRA

Parece que os semanários Sol e Expresso já esgotaram as suas edições de hoje. Pelo menos é o que se lê na notícia do portal Sapo, fazendo referência a vendedores de jornais: "Nem Sol nem sombra" (Expresso) (1). "Sol e sombra" é uma rubrica do novo semanário, dirigido por José António Saraiva (saído do Expresso).O novo jornal tem muitos motivos de interesse: mais colorido e leve, mistura coisas sérias (leia-se: política) com compras (hipermercado cultural), tem duas mulheres a falar de sexo (Filomena Mónica e Margarida Rebelo Pinto, a primeira sobre a actividade sexual de políticos como Mário Soares e Santana Lopes, a segunda a escrever "Ponham-se na minha posição"). Tendência visível: tablóide.

O "mais agradável" é o nome da coluna do professor Marcelo Rebelo de Sousa: Blogue. Podia ter outro nome, mas escolheu logo este. Tal significa que o guru da política nacional portuguesa reconhece a importância do meio de comunicação electrónica. Só falta um ecrã para tornar imediata a interactividade. O "menos elegante" é a notícia sobre audiências de televisão: "SIC apenas vence dois dias". Aí se dá conta da liderança da TVI sobre a SIC (até parece que José Fialho Gouveia, que recorda um nome importante da televisão pública já desaparecido, pertenceu ao grupo Balsemão e se delicia hoje em aborrecê-lo). E, "interesse dos interesses", é a história da "clandestinidade" dos fundadores do Sol, saídos em ruptura com o patrão do Expresso. Com os quatro obreiros iniciais à porta de uma casinha onde se refugiavam a magicar contra o media mogul Balsemão.

(1) Lendo atentamente a notícia do Sapo, os vendedores queixam-se do escasso número de jornais distribuídos, o que leva a que uma edição se venda rapidamente. Tal poderá servir de justificação para, na segunda-feira, os responsáveis dos jornais dizerem que a edição se esgotou.

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