A mim, basta-me um pequeno conjunto de frases:
"por mês, 180 milhões de dólares são investidos em empresas de tecnologia que querem mudar a vida das pessoas em todo o planeta. Uma combinatória de juventude, espírito empreendedor, conhecimento técnico, músculo financeiro e sonho americano, temperado com utopia da Costa Leste, as quais têm formado uma máquina de movimento perpétuo que nos guia até à idade da informação. Cérebros brilhantes de estudantes e gente associada a computadores e internet [geeks], homens de negócios, cientistas, investidores [angel investors] e capitais de risco alimentam-se e tornam prósperos os outros, faiscando como se fosse aquela electricidade que imaginamos ter existido no norte da Inglaterra por alturas da Revolução Industrial. No horizonte, nasce toda uma nova rede mundial".
Locais como o Ritual Coffee Roasters, onde tomar café se faz acompanhar pelo uso da internet, servem para discutir o futuro da internet - ou web 2.0 - em que se deixa de ser consumidor de televisão, por exemplo, para ser produtor de conteúdos, na qual há um vasto número de contribuintes que fornecem informação mais detalhada sobre o interesse especial de cada um de nós que qualquer organização tradicional já é incapaz de fornecer.
Ora, depois do MySpace (partilha de música e de vídeos musicais) e do YouTube (partilha de vídeos), o que se segue? O jornalista do Observer fornece-nos alguns sítios: Squidoo (fazer catálogo e criar uma página sobre o assunto que mais gosta), BumpQ (sítio para partilha de ideias criativas), Yelp (convida todos a escrever sobre restaurantes, lojas, médicos, arte e entretenimento), Pandora (serviço de descoberta de música favorita, criando estações de rádio adaptadas a cada internauta) e loopt (através de um sinal do telefone celular sabe-se a sua localização geográfica).
E ainda escreve sobre o cruzamento de empresas (aquisições, fusões, concentrações): a News Corp comprou a MySpace, a eBay adquiriu a Skype, a Google comprou a YouTube (no mês passado, por 1,65 milhares de milhão de dólares, na base de tráfego gerado e não em rendimento). Os que trabalham com capitais de risco fazem e desfazem, criam, apoiam e incubam novas empresas de alta tecnologia. Parecem, escreve David Smith, os mecenas do Renascimento, que, apoiando um até aí obscuro artista, lhes fornece glória e dinheiro.
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