Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
AINDA SOBRE O LIVRO DE ABRANTES E DAYAN
Na semana passada, quando apresentava o livro Televisão: das audiências aos públicos aos meus alunos, descobri que o livro ainda não estava nas livrarias. Manifestei o meu espanto, pois o livro tivera apresentação pública a 14 de Novembro.
Inquiri editora e distribuidora. E concluí o seguinte: em Novembro e Dezembro as livrarias não querem livros deste tipo. Ou seja: a cadeia de valor do livro fica emperrada no final do ciclo, junto aos leitores. É que as livrarias reservam o seu espaço para livros-álbum ou romances de "sucesso", à espera das vendas de Natal. O que contrai ainda mais o ciclo de um livro de ciências sociais. Janeiro, Julho, Agosto, Novembro e Dezembro são meses para esquecer. Por o público não afluir às livrarias por férias (Julho e Agosto), ou esgotamento dos plafonds para a cultura (Janeiro) ou, ainda, por má vontade dos livreiros. Isto é, um livro com edição de 2006 vai estar no mercado em 2007. Outra questão: não se pode avançar num ano a atribuição do ISBN? No Reino Unido, por exemplo, um livro editado de Setembro até ao final do ano leva já a indicação do ano seguinte. O que, em termos de actualidade, significa dezasseis meses por ano.
Após porfiadas diligências, consegui que o livro fosse colocado na livraria da UCP, com os meus alunos a lerem o livro para o teste de Janeiro de 2007. Eles vão, certamente, merecer um prémio por estarem tão actualizados quanto a bibliografia.
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