Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 3 de dezembro de 2006
FONTES DE INFORMAÇÃO
Na passada quinta-feira, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Fernando Vasco Ribeiro apresentou e defendeu dissertação de mestrado intitulada Fontes sofisticadas de informação. Análise do produto jornalístico da imprensa nacional diária de 1990 a 2005.
O estudo teórico englobou o relacionamento entre políticos, relações públicas e media na produção das notícias, e estratégias e rotinas de fontes de informação. O objectivo empírico incidiu nos anos de 1990, 1995, 2000 e 2005, em quatro jornais nacionais: Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Público. Analisou - com recurso à metodologia de análise de conteúdo - a secção de política/nacional, os géneros jornalísticos de notícia e reportagem e o tipo de hard news. Do total de 208 semanas e 832 edições, o seu trabalho incidiu sobre 5054 notícias, com 7841 fontes de informação.
O novo mestre verificou que o Correio da Manhã privilegia as fontes do poder, o Diário de Notícias ouve mais as fontes da oposição, o Jornal de Notícias é o que possui mais fontes nas suas peças e o Público dá voz aos políticos. Do total, há 90% de fontes oficiais (governantes e principais dirigentes políticos), o que significa ainda o crescente peso profissional da assessoria de imprensa.
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