domingo, 4 de fevereiro de 2007

ÍNDIA

As recentes visitas do Presidente da República e do Primeiro-Ministro à Índia e China, respectivamente, acompanhados por homens de negócios e empresários, colocam em dia a discussão sobre os países emergentes à escala mundial.

Hoje, o Observer (texto de Amelia Gentleman) ocupa-se da Índia e da grande auto-estima e confiança dos indianos face ao seu crescente poder no mundo. Há pouco, o Times of India, o mais importante jornal em língua inglesa daquele país asiático, lançou uma campanha intitulada India Poised, Agora é a nossa vez ou 2007 - o ano da Índia. Os responsáveis do país, que crêem no seu sucesso, fazem a previsão que, em breve, a Índia se tornará a terceira mais importante economia mundial.


A marca Índia conta com Bollywood e a arte indiana, com o ioga e a espiritualidade,trunfos fortíssimos de reconhecimento internacional.

Contudo, por debaixo da prosperidade de Nova Deli e da cidade financeira de Bombaim (Mumbai), com torres envidraçadas que servem os escritórios dos call centers do mundo e complexos residenciais de luxo tipo Florida, aparece uma outra realidade. Há 700 milhões de habitantes que lutam pela sobrevivência, 300 milhões dos quais vivem abaixo do limiar da pobreza. O retrato completa-se com imagens de crianças vivendo de subnutrição (o jornal fala em 50%-60% do total, citando o ministro da Saúde) e carroças a entrar indevidamente em auto-estradas, transportando grãos de cereal e provocando um expectável pânico.

As tecnologias da informação caminham a par de uma grande mortalidade infantil, o que conduz à necessidade da redução do triunfalismo nacional, conclui a peça.

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