- Lembrei-me de tudo isto ao ver, esta semana, as notícias sobre o acidente no Metro de Superfície de Mirandela, na linha do Tua. Aquelas imagens dos repórteres enquadrados por uma paisagem deslumbrante são um dos restos fatais com que a televisão, de um modo geral, aborda a província. Mais exactamente, há dois registos dominantes para construir notícias da província. Um deles, o mais antigo e salazarista, é o pitoresco: tudo o que vem da província é tido por curiosidade mais ou menos anedótica, protagonizada por personagens inevitavelmente superficiais, quando não caricatas. O outro é este, ou seja, o modelo catastrofista em que a província adquire os contornos de terra selvagem onde acontecem os desastres que atestam o seu primitivismo.
Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 18 de fevereiro de 2007
TELEVISÃO
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