Nuno Azinheira, editor executivo adjunto do Diário de Notícias, colocou um comentário na minha mensagem de 12 de Fevereiro (título: A evitar). Escreve, entre outras coisas:
- A opinião é livre e o gosto também. E ainda bem. Mas em relação ao seu post sobre as capas do DN no domingo e segunda-feira, não concordo nada consigo. Não sou o único aliás. Um dos maiores especialistas internacionais em design é claro na sua apreciação, que pode ser consultada em: What's next. Innovations in newspapers.
Eu, perante isto, sinto-me treinador de bancada (ou sofá). Embora não sendo metajornalista (aquele que analisa o trabalho do jornalista), também não dou opiniões porque quero dar. Para mim, os jornais são como respirar; preciso deles, das novidades e das análises, esperando que eles continuem por muitos anos, ao contrário do que o professor Diogo Pires Aurélio escreve na última página de hoje do Diário de Notícias. Contudo, e apesar da opinião de Juan Antonio Giner ou de Medeiros Ferreira (e de outras pessoas, eventualmente), não gostei da primeira página do jornal.
Aliás, também não gostei da primeira página do jornal de hoje.
Se, ontem, o Público trazia problemas em termos de impressão das fotografias, a edição de hoje já está limpa. E, no confronto de primeiras páginas, o jornal Público está mais atraente. Escrevi ontem que a capa é como o embrulho de uma prenda. Sem simplificar demasiado as coisas, o aspecto gráfico (cor, disposição de textos e imagens) atrai a atenção de quem compra um jornal. Pode levar um leitor a comprar ou não. Entre um jornal monotemático na primeira página (como o foi o Diário de Notícias anteontem e ontem) ou um que dê destaque a múltiplos assuntos, preparando a leitura do que vem a seguir, prefiro este. O Diário de Notícias faz isso habitualmente, mas houve um corte radical nesses dois dias. E carregou muito no preto, como se houvesse luto em causa.
É a minha opinião, apenas a minha opinião. A qual vale o que vale.
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