Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quarta-feira, 2 de maio de 2007
INDÚSTRIAS CULTURAIS
The Cultural Industries. The British Experience in International Perspective foi um workshop realizado pelo Centre for British Studies, da universidade Humboldt em Berlin, em 2 e 3 de Fevereiro do ano passado. Infelizmente, o blogueiro só tomou conhecimento do evento um ano depois, pelo que pode apenas dar conta no pretérito e sem contextualização.
O que aconteceu então? Segundo o sítio do Centre for British Studies, de onde retirei a imagem de grupo abaixo inscrita, Christiane Eisenberg, professora de História no Centro, lembrou aos participantes a importância dos desafios propostos pela experiência britânica. Em primeiro lugar, inquiriu a razão porque as indústrias culturais no Reino Unido estão à frente na Europa. Depois, procurou explicar como se constroem estas indústrias e as tradições em que se basearam (ou reagiram contra). Finalmente, tentou identificar as estruturas das indústrias culturais, sempre com o objectivo de perceber as mudanças quer em termos de metodologias quer em termos de linguagem.
Pode encontrar-se aqui o texto Cultural Industries. The British experience in international perspective, editado por Christiane Eisenberg, Rita Gerlach e Christian Handke. É um trabalho de um muito elevado nível. Refiro apenas a introdução do livro:
As "indústrias culturais" e as "indústrias criativas" têm recebido considerável atenção nos últimos anos. As duas expressões, frequentemente usadas como simples sinónimos, referem-se a um conjunto de produtos [bens] que, em geral, associamos ao valor cultural, artístico ou de entretenimento (Caves). O termo indústrias culturais foi cunhado para dar conta da produção e disseminação dos conteúdos culturais nos meios de comunicação de massa, isto é, livros e revistas, registos sonoros, filmes e outros tipos de media audiovisual. Hoje refere-se também aos fornecedores de conteúdo dos meios de massa e aos produtores de artes tradicionais que não se prestam à reprodução em massa, como os espectáculos [performances] ao vivo e as artes criativas. Muita da literatura inclui indústrias similares como design, moda, artesanato, arquitectura, desporto, software e, até, turismo. No seu conjunto, ao inserirem indústrias complementares, por exemplo, produtores de tecnologias mediáticas e electrónica ligada ao entretenimento, incluem-se no contributo económico directo das indústrias culturais.
Obrigado a Luís António Santos, da Universidade do Minho, por me ter dado a conhecer o texto.
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