Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sábado, 5 de maio de 2007
TELEVISÃO DIGITAL - II
A discussão sobre televisão digital terrestre é importante. Trata-se, sobretudo de uma alteração tecnológica, em que estão interessados fabricantes e empresas vendedoras de equipamento.
Ao falar-se de melhor qualidade técnica de imagem e som e de diversas novas facilidades, isso implica novos equipamentos (ou readaptações). O Expresso de hoje indica custar 60 euros o descodificador a instalar no televisor para se receberem as imagens no novo sistema; mas, para aceder a facilidades como o video-on-demand, o descodificador será mais caro.
Assim, para além dos investimentos publicitários, está também em jogo a renovação do parque de televisores, no que será a terceira geração (televisores a preto e branco, a cores, digitais), importante para o volume de negócios de empresas de audiovisuais, embora isso não represente nada para Portugal, pois não somos um país produtor de raiz desses bens.
A televisão digital que se fala hoje não inclui a internet, algo a pensar em profundidade, dado o custo muito menor - mas orientado para minorias ou nichos específicos.
E os textos do Expresso afloram apenas a nova concorrência previsível no cabo, o grande rival do sinal hertziano: a PT Comunicações, agora em desagregamento da PTM, detentora da TV Cabo Portugal; a Sonae, que também possui uma rede fixa de telecomunicações. O desenvolvimento de actividades triple play (telefone, internet, televisão) destas empresas terá uma sequência futura a acompanhar. Claro que os grandes negócios (canais com séries, por exemplo) estão estabilizados na TV Cabo Portugal, mas os contratos não são para toda a vida.
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