Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
terça-feira, 26 de junho de 2007
CCB (I)
O CCB é a sigla de Centro Cultural de Belém. Inicialmente, serviu de espaço nobre de acolhimento das reuniões da União Europeia (UE), quando Portugal presidiu à UE logo depois da sua adesão. Agora, que Portugal volta a ser o país que preside à UE, o CCB transforma-se. Deixa de ser um espaço público e torna-se uma área privada, com a inauguração do museu Berardo. Para mim, CCB passa a significar Centro Cultural Berardo.
Ontem, ao fim da tarde, viam-se executivos a correr para não perderem a inauguração formal do museu. Iam acompanhados das esposas ou namoradas. O mais intelectual dos vendedores da revista Cais estava a trabalhar. Hoje, perto da hora do almoço, deambulavam, quase em multidão, grupos de jovens e pessoas de idade. Parece-me que só vi tanta gente no CCB aquando das Festas da Música e da exposição de Frida Khalo.
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1 comentário:
Concordo consigo, perdeu-se o C.C. de Belém e passa-se a ter o C.C.Berardo.
Ao contrário do que normalmente faria, movida pela curiosidade de termos um espaço com obras de tão grande valor, fui no dia da inauguração ver a colecção.
Nesta primeira visita, senti-me desiludida, não pelas obras e sua qualidade, que é inquestionável, mas por sentir que num Museu que se quer aberto e acessível para o povo, por exemplo, não existir uma única explicação no início de cada movimento/espaço que ajude o visitante a compreender o que está a ver. Desiludida por ver grandes obras em molduras visivelmente mal estimadas/mal tratadas, fazendo transparecer o local onde algumas têm estado guardadas estes últimos anos.
Não consigo aceitar a ideia que o espaço como o C.C.B. seja apenas utilizado para a colecção permanente do Museu Colecção Berardo e não comtemple um espaço para exposições temporárias vindas de outros museus de arte moderna e contemporânea. A oferta cultural tem de ser mais ampla.
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