Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sábado, 23 de junho de 2007
ESTUDOS COMPARATIVOS
1) "Nos anos 60, era normal os matutinos «fecharem» às três, quatro ou mesmo cinco da manhã do próprio dia de saída, permitindo, por exemplo, que em jornais como o Diário de Notícias e O Século aparecessem críticas de espectáculos ou outro tipo de textos noticiosos relativos a acontecimentos ocorridos na véspera à noite ou mesmo de madrugada" (Fernando Correia e Carla Baptista, 2007, Jornalistas. Do ofício à profissão, Lisboa, Caminho, p. 250).
2) Na exposição dos 50 anos de arte portuguesa na Gulbenkian, onde se faz o levantamento de artistas plásticos que têm beneficiado de bolsas de estudo da fundação no estrangeiro, há uma marca que me impressionou. Os artistas plásticos no século XX deixaram de representar a realidade - as cenas do real - e passaram a experimentar materiais e formas. Algumas dessas formas aplicadas a esses novos materiais resultam de uma impressionante nova estética.
3) No jornalismo, e como Fernando Correia e Carla Baptista escrevem à frente (p. 259), os tipógrafos teriam nos anos 60 a última década de grande peso na produção dos jornais. O offset e a informática destruiram o seu poder de décadas.
4) Nunca pensara em correlacionar estas duas áreas tão distintas. A mudança foi tão grande que quase nada ficou para o futuro.
Será que hoje o Second Life, a internet, os videojogos e os telemóveis vão, cada qual à sua medida, acabar com o conhecimento analógico - e as notícias em papel? Começo a pensar que sim.
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1 comentário:
Essa discussão é moda em curso de jornalismo. É a coisa de que mais se fala: os novos meios acabaram com os jornais de papel. Não há certeza real, afinal, disseram que a televisão acabaria com o cinema e o rádio, e não acabou. Cada mídia caminhou à sua especificidade. As notícias mais rápidas tendem a ser cada vez mais absorvidas pela internet - ela é adequada a tal. É ágil, muito mais do que qualquer jornal de papel. A esses, restaria a análise, a interpretação, a grande reportagem, bem apurada. É isso, dizem, que vai salvar os jornais.
Mas há controvérsias.
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