Tiques de autoritarismo do governo (Expresso, p. 9) - o dispositivo jornalístico é condicionador. Das seis opiniões, uma é favorável (voz de representante do PS), quatro são contra (vozes dos partidos da oposição). Não seria de esperar algo distinto. A voz mais equilibrada, e com a qual simpatizo mais, é a de Adelino Gomes, jornalista, pois não está enfeudada aos partidos representados na Assembleia da República e está afastado dos puros jogos de poder. Observação: do que li nos jornais desta semana, a perspectiva de Pinto Balsemão pareceu-me mais adequada do que a do ministro Augusto Santos Silva (concentração, estatuto dos jornalistas). Parece-me haver sinais de controlo governamental sobre a actividade dos media. Claro que eu me baseio no que li, que pode estar descontextualizado.
Artigo de Arons de Carvalho sobre o novo estatuto dos jornalistas (Expresso, p. 45) - Alberto Arons de Carvalho escreve sobre o estatuto e considera que a maioria dos comentadores não o leu, pelo que tem errado a análise. Confesso que não li e, logo, não posso emitir a minha opinião. Mas dizer que nenhum jornal fez uma leitura adequada não será excessivo? Está todo o mundo contra e sem razão? Não haverá aqui uma falha de comunicação?
Rota de colisão provedor-Antena 2 (Diário de Notícias, p. 54) - Era de prever. José Nuno Martins é um homem de bom senso, presta atenção aos ouvintes; do lado da Antena 2 parece haver uma deriva incompreensível. A questão desta semana prende-se com o programa Império dos sentidos e Paulo Alves Guerra. O formato news and talks que a Antena 2 parece configurar não é o melhor, estou de acordo. Se a frase atribuida a João Almeida é mesmo dele ("Quem de facto só quer música o melhor não será a sintonia da Antena 2. O leitor de CD é uma boa solução"), deve retractar-se. A antiga Luna passava música como se fosse um CD de um dia de duração e isso ficava muito mais barato ao erário público. O serviço público é informar e formar - neste caso sobre música clássica.
Suplemento "Digital" do Público - sobre o YouTube. A ler e guardar, dado o interesse. Em particular, o texto de Miguel Gaspar.
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