Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 1 de julho de 2007
JORNALISMO POLÍTICO
Através da análise da cobertura jornalística das campanhas para a eleição do Presidente da República na imprensa e na televisão, período de 1976 a 2001, Estrela Serrano (Jornalismo político – a cobertura de eleições presidenciais na imprensa e na televisão, 1976-2001) constrói a compreensão das campanhas enquanto momentos singulares da política que exigem dos seus actores um grande investimento na comunicação, pressupondo estratégias, dispositivos e instrumentos que fazem passar ideias e propostas mobilizadoras dos cidadãos.
Estrela Serrano, cuja experiência profissional a fez passar pela rádio e televisão, além de assessora de imprensa de um dos presidentes incluídos no período estudado – o que a levou já a publicar um outro livro, com o nome de As presidências abertas de Mário Soares -, estudou o modo como um jornal (Diário de Notícias) e as televisões (RTP, SIC e TVI) estruturaram as sucessivas campanhas eleitorais. Daí ela ter centrado a sua investigação no jornalismo e nos jornalistas, assim como nos dispositivos de comunicação dos candidatos.
Da qual resultaram diversas tendências que foram sendo alteradas ao longo do tempo, como aumento progressivo de peças dedicadas a estes actos de democracia, a evolução de géneros jornalísticos, o directo na televisão, o crescente predomínio do insólito e do humorístico e o domínio da agenda eleitoral dos candidatos.
Leitura: Estrela Serrano (2006). Jornalismo político em Portugal – a cobertura de eleições presidenciais na imprensa e na televisão (1976-2001). Lisboa: Edições Colibri e Instituto Politécnico de Lisboa, 519 páginas
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