quarta-feira, 18 de julho de 2007

MEDIA, PLURALISMO E CONCENTRAÇÃO


Da presença de Viviane Reding, actual comissária para a Sociedade da Informação e Meios de Comunicação, ontem em conferência, os dois jornais de qualidade de Lisboa dão ecos. Se o Público dedica atenção à conferência, o Diário de Notícias acrescenta uma entrevista. Parece-me muito adequada a posição deste segundo jornal, dada a importância dos temas abordados.

Conferência organizada pela Impresa (de Pinto Balsemão) e Renascença, a presença do ministro Santos Silva foi marcante, segundo os dois jornais. Ambos dão conta da longa questão apresentada pelo ministro e da resposta pronta da comissária. O ministro defendeu as opções legislativas do governo sobre a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (Público) e falou das alterações que quer implementar junto da classe jornalística (Diário de Notícias).

Reding disse que não quer intervir na política nacional (portuguesa), mas acrescentou: "nunca interfiram no conteúdo editorial ou códigos de conduta do jornalismo. Jamais" (Público). Já a uma pergunta do ministro a saber quando sai o estudo da Comissão sobre o pluralismo e a concentração nos media, Reding respondeu: "Em 2008, mas para si será já tarde, pois quer fazer tudo já este ano" (Público) e "não existe dicotomia entre pluralismo e concentração. O pluralismo existe em todos os órgãos, sejam eles grandes ou pequenos, mas ainda mais nos pequenos" (Diário de Notícias).

Na entrevista concedida ao Diário de Notícias, Viviane Reding defendeu a plataforma de televisão móvel, a DVB-H (Digital Video Broadcasting-Handheld) enquanto expectável sucesso. Neste momento, existem quinze países na UE prontos a arrancar com experiências, mas Portugal não está incluido. 2008 poderá ser um ano importante para a tecnologia, dados os eventos internacionais: Europeu de Futebol, Jogos Olímpicos da China.

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