sábado, 2 de fevereiro de 2008

DIGITAL E ANALÓGICO - A CONTINUAÇÃO DA DISCUSSÃO


Não tenho lido Andrew Dubber com atenção, mas a mensagem que ele colocou hoje no seu blogue new music strategies fez-me ler demoradamente o que escreveu.

Partilho o seu ponto de partida e tenho dito exactamente do mesmo modo: a internet é como a electricidade, mas elas diferem nas aplicações: browsers, email, mensagens síncronas, equipamentos. Já não tenho a convicção do que vem a seguir, por não ser a minha especialidade: quando se usa a internet para fazer música on-line, o efeito é parecido com o secar o cabelo com uma torradeira.

Mais à frente, volta a um território que já me é mais familiar, o da distinção entre media analógicos e media digitais:

Os media analógicos são contínuos. Pensemos no sulco de uma gravação ou no fluxo de uma onda electromagnética. Por outro lado, os media digitais são descontínuos. Pensemos nas cópias [samples] individuais que surgem num CD. Para um indivíduo analógico de nove anos (Andrew, 1976), começava-se no começo de uma imagem [slide] e continuava-se num movimento suave até ao final, momento a momento. Para uma criança "digital" [aspas minhas] (Jake, 2001), começa-se na imagem inicial, mas pode saltar-se, ou voltar atrás, lento ou em rápida mudança, até se chegar ao fim.

E, logo depois, continuo a seguir o seu raciocínio:


Os media digitais, sendo feitos a partir de componentes partilhados universalmente (isto é: os zeros e uns), dividem-se facilmente nas suas partes e misturam-se com outras coisas digitais, dando origem a uma coisa nova. Todos os textos são hipertextos. Compreender os textos mediáticos quer dizer compreender o resultado de relacionamento entre coisas. Ver um filme também envolve visitar o IMDb ou um blogue de fãs, e procurar colocar o filme numa rede conceptual de filmes feitos por um dado realizador, com um actor específico, ou um género específico.

Bom, o resto pode ser lido
aqui.

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