Nos anos mais recentes, a convergência também tem assumido as formas de integração vertical e horizontal, conforme escreve Marco Gambaro (2008: 75). A verticalização significa eficiência através da coordenação e controlo nos diferentes níveis de cadeia de valor, mais visível nas indústrias de jornais e televisão. Em alguns casos, agrupam-se factores de inovação tecnológica (impressão) e factores artísticos (produção audiovisual). Por seu turno, a integração horizontal significa redução de concorrência e aumento de poder no mercado.
Na indústria dos media, tal pode conduzir a uma redução na variedade de produtos e pluralismo.
Em geral, as aquisições dos media prevalecem na forma de consolidação no mesmo mercado (integração horizontal) e na forma de expansão geográfica para construir uma presença internacional na Europa. As empresas de rádio e televisão são o principal alvo porque representam metade de todas as transacções. Já nos jornais, o principal factor de integração vertical era a interdependência tecnológica, até há vinte anos. Quase todos os jornais controlavam directamente as actividades de impressão, mas, depois, dados os desenvolvimentos tecnológicos, as empresas jornalísticas desfizeram-se dessa actividade.
Gambaro observa que nos jornais há redução da integração vertical, provocada por duas tendências: 1) impressão fora da empresa, 2) mais peso do trabalho freelance na redacção.
Leitura: Marco Gambaro (2008). “Vertical integration”. In Christian Schulz e Uwe Eisenbeis (org.) Looking to the future of modern media management. Lisboa: MediaXXI, pp. 75-79
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