Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
OS CINEMAS TAMBÉM MORREM EM MADRID
O jornal El Pais de hoje dá destaque ao fecho do cinema Palacio de la Música (imagem de cima, tirada hoje ao final do dia), na Gran Vía, mesmo no coração de Madrid. As portas encerraram ontem. Na mesma rua, ficam apenas os cinemas Capitol, Palacio de la Prensa e Callao (este último na imagem de baixo).
Os filmes que passaram ontem seriam (títulos no mercado castelhano) Antes que el diabo sepa que has muerto, de Sidney Lumet (sala grande), 88 minutos, de Jon Avnet (sala 2) e 21: Black Jack, de Robert Luketic (sala 3).
O cinema nasceu há 82 anos, em 1926. O jornal ABC de 14 de Novembro desse ano escreveria que seria, talvez, a melhor sala europeia, um prodígio de luxo, bom gosto, comodidade e elegância. A película de estreia foi La Venus americana, com Esther Ralston e Louise Brooks. O cinema tinha quase dois mil lugares e três andares, para concertos e cinema, além de um salão de festas no piso inferior.
Diego Galán conclui no El Pais que a mítica Gran Vía, a quem alguém chamou a Broadway madrilena, está a ficar sem cinemas, tendo já desaparecido o Azul, Pompeya, Rex, Imperial, Avenida.
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2 comentários:
A decisão já tem um ano.
Ainda me lembro da manifestação à porta quando se soube. Se não me falha a memória, com vigília incluída.
A ideia de que se falava é de fazer do espaço um centro comercial...
Enfim...
Cumprimentos
É importante destacar que ao contrário do que aconteceu nas antigas salas de cinema lisboetas, a fachada deste cinema vai permanecer, e o seu interior vai ser adaptado a auditório para concertos de música clássica.
Cumprimentos
Óscar Casaleiro
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