Na passada quinta-feira, ouvi Paulo Barreto, director-geral da Google Portugal, falar no ciclo Conversas na aldeia global, promovido pela Câmara Municipal de Oeiras e moderado pelo jornalista Vasco Trigo.


Enorme agregador de informação, a saúde financeira da Google reside na publicidade. Atente-se na página da Google: o lado esquerdo do ecrã contém a indicação da palavra pesquisada, no topo superior, e informação de relevância no resto do lado esquerdo, mas incluindo já publicidade, que se estende ao lado direito da página. Os anunciantes pagam por cada clique feito no anúncio, valor definido pelo próprio cliente. A Google considera que quando um visitante clica no anúncio é porque ele está interessado, pois passou por um filtro anterior: o interesse no assunto. Para o anunciante, a publicidade gera vendas mas também contactos e uma base de dados. Uma empresa como a Google vende nomeadamente produtos relacionados com turismo, financeiros e retalho (bilhetes de avião e créditos à habitação, por exemplo).
Mas a Google está a dedicar maior atenção aos negócios associados ao telemóvel, nomeadamente conteúdos. Por exemplo, 85% da música digital comprada no Japão é destinada a telemóveis. Além da música, o consumo de televisão no telemóvel está a crescer bastante.
Em resumo, a Google aposta naquilo a que se chama a nuvem computacional, tudo o que diz respeito a produtos e aplicações na internet. Para os clientes individuais, todos os produtos são gratuitos (as empresas podem pagar 50 euros por utilizador e por mês se precisarem de caixas de correio de maior dimensão). A Google tem uma cota de mercado na ordem de 80% a 90% nos países ocidentais e 20% na China (aqui há operadores locais muito fortes).
Questões éticas (privacidade de dados) e responsabilidade social (investimento em energias alternativas, projecto acarinhado pelos fundadores da Google, Sergey Brin e Larry Page) foram temas suplementares dessa conversa de quinta-feira à noite.
Sem comentários:
Enviar um comentário