Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sábado, 2 de agosto de 2008
MEMÓRIA DA RÁDIO: CT-1 DH
A notícia saiu no Século (por volta de 1928) e é interessante a vários títulos, nomeadamente a descrição do "estúdio" e do seu material, local, o facto de ser em casa do seu promotor (era o blogue da época!), e também pelas informações preciosas sobre a recepção e interacção com os ouvintes: recebia 4200 postais e cartas por mês! A notícia do Século publica a carta de um jovem ouvinte da estação: Vítor Hugo Coimbra Torres, então com uma idade entre 6 e 10 anos. A carta terminava com um "Viva a estação C T 1 D H !". CT-1 DH pertencia a Luiz Rau Sales e funcionava na rua Andrade, em Lisboa.
Nessa altura, quando a estação apareceu, foi uma grande novidade, porque tinha programação variada e específica, tinha diálogos, havia várias pessoas que colaboravam. "Toda a gente ouvia", diria alguém recordando essa época. Por toda a gente, queria dizer o seu meio familiar, escolar e social, da pequena e média burguesia lisboeta. Depois da DH, apareceram outras rádios, mas esta terá sido a primeira a usar este género de comunicação. Só mais tarde apareceu o Rádio Clube Português, emissor da Parede, animado por Jorge Botelho Moniz.
[obrigado a Eduardo Cintra Torres, que me forneceu os recortes e o texto; para visualizar adequadamente os recortes, clicar em cima das imagens]
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