Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
SOBRE A FM
Cristopher H. Sterling e Michael C. Keith publicaram este ano Sounds of change. A history of FM Broadcasting in America.
Inicialmente, a FM (frequência modulada) era oferecida nos rádios com AM (modulação de amplitude ou onda média). Programas e publicidade eram iguais nas duas gamas de frequência. Mas, na década de 1960, a regulação nos Estados Unidos e na Europa permitiu que a FM se tornasse independente. Sterling e Keith consideram que a FM atraiu o movimento de contracultura, grupos minoritários, público não comercial e a rádio universitária. Em 1979, a rádio em FM ultrapassava as audiências de AM. Mas surgiriam nuvens, entretanto, com a rádio digital (satélite, internet, DAB), e com uma programação mais comercial, pouca variedade e publicidade excessiva.
Para mim, a rádio é o meio mais mágico. Porque cresci a ouvir a rádio, precisamente em FM. E as boas e inolvidáveis recordações, como o programa Em Órbitra, o teatro radiofónico, a música clássica, os locutores, a publicidade, o impacto que a rádio teve na viragem do regime político e, porque não?, a música pimba antes e depois de 1974 - que recusei na altura mas gostaria de a estudar sociologicamente, se voltasse a investigar a história da rádio. Falta-me o tempo neste momento, mas o meu coração está ali, na rádio e na sua fabulosa história.
Recebi o livro hoje. Gostaria de o ler rapidamente e fazer uma pequena recensão e dedicá-la aos amigos da rádio e aos que me dão muito prazer em ouvir rádio, como o programa a ser transmitido esta tarde e começo da noite na estação Radar. E a Adelino Gomes, que vai fazer um belíssimo lugar como provedor do ouvinte.
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