Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
ARTE FALSA EM EXPOSIÇÃO
O Jornal de Notícias de hoje traz uma história deliciosa - a de uma exposição de arte falsa inaugurada na Directoria da Polícia Judiciária do Porto (texto de Agostinho Santos e fotografia de José Mota).
Explicando melhor: a Brigada de Obras de Arte da Directoria do Porto apresenta o trabalho de 10 anos de recuperação de obras falsas mas atribuídas a nomes como Columbano Bordalo Pinheiro, Silva Porto, Amadeu Souza-Cardoso, Cargaleiro, Artur Cruzeiro Sixas e Júlio Resende. Uma obra falsa, atribuída a Aurélia de Sousa, estaria para ser colocada numa leiloeira de Lisboa pelo valor de 3500 euros! A exposição chama-se O verdadeiro/falso.
Recentemente foi identificada uma mulher, vivendo nos arredores de Lisboa, que actuava como falsária. No caso das cópias falsas de Cruzeiro Seixas, pintor que usou poucas cores e com traços fáceis de executar, elas são boas e têm qualidade digital.
A minha pergunta é: será que a Polícia, ou o ministério que a tutela, vai abrir um museu destas obras falsas? Como há museus de cera, porque não um museu de falsários?
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