domingo, 5 de outubro de 2008

PAUL NEWMAN


Os jornais de há uma semana traziam a notícia da morte do actor americano Paul Newman. Absorvido por outros assuntos, não escrevi aqui uma só linha sobre esse actor de que a primeira página do Público titulava "Morreu o último (e o mais bonito) dos grandes".

Todos nós obtivemos prazer ao ver as suas interpretações no cinema. Não vou aqui analisar os filmes em que entrou (como Fugindo do passado, Gata em telhado de zinco quente, A Vida é um jogo, Corações na penumbra, A cor do dinheiro), mas tão só dar uma curta nota biográfica.


Nascido em 1925 em Cleveland, Ohio, no seio de uma família da classe média, desde cedo manifestou interesse na arte de representar. O serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial foi um intervalo no seu gosto. Regressado a casa, iria para a Broadway e casaria com Jackie Witte, de quem teria um filho e duas filhas. Após o fim dessa relação, casou com Joanne Woodward. Além da paixão por Joanne, ele foi corredor de automóveis com sucesso, criou uma empresa de alimentação, com saladas muito populares, a Newman's Own, com todos os lucros a serem canalizados para acções de beneficiência, ganhou um óscar da academia americana de cinema, lutou pelos direitos cívicos.

Nos jornais que eu li hoje, Sam Mendes, que dirigiu Newman em Estrada para a perdição, homenageia o actor no Observer. Newman tinha já 76 anos quando Mendes realizou o filme; para este, Newman parecia mais pequeno e frágil do que pensara inicialmente. Newman falou-lhe muito da mulher, Joan. Para Sam Mendes, o actor era um herói, pelas obras de beneficiência em que se envolvera, pelas corridas de automóveis, por ter interpretado papéis como os de Harper, Hud, Fast Eddie, Butch Cassidy.

A página dominical de João Bénard da Costa no Público, "A Casa Encantada", é dedicada toda a ele. Onde o compara a Marlon Brando e a James Dean, outras memórias vivas no espectador de cinema, mas defende que Newman não é uma réplica menor daqueles, pelo contrário.

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