O filme de Eastwwod, apesar de muito correcto na história, não me entusiasmou como os anteriores. Isto apesar de partir de uma temática intimista e atingir um quadro mais vasto, explosivo e de contradições sociais, incluindo a violência política e policial, numa cidade (Los Angeles, no período coincidente com a depressão de 1929). O filme de Barratier, que poderia ser uma peça de teatro sobre um grupo de actores que toma o controlo da sala em 1936, quando emerge a Frente Popular de Leo Blum, não se afasta do cinema como espectáculo.
Os heróis dos filmes são persistentes mas o final não é o mais positivo: Christine Collins (Angelina Jolie) é uma mãe solteira à procura do filho pequeno desaparecido; Pigoil (Gérard Jugnot) é um actor que lidera a ocupação do teatro e o recupera mas perde o que mais lhe importa. Mas os dois têm uma acção fundamental nas histórias a que pertencem: pela acção de Christine, volta a haver justiça numa cidade corrupta; através de Pigoil, uma série de actores voltam a fazer o que mais gostavam, teatro, e o seu filho torna-se acordeonista de nomeada.
Pormenor curioso para mim: Christine desempenha o papel de uma telefonista e vê-se o ambiente de uma central telefónica antes da automatização, com as telefonistas no centro da ligação das chamadas. Dada a grande quantidade de posições (postos de trabalho), a supervisora anda de patins, algo que não existiu em Portugal.
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