Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
FOTO BELEZA
Tirar fotografia começou a ser uma prática regular no final do século XIX. Foi quase nessa altura que abriu actividade a Foto Beleza no Porto. O espólio da casa fotográfica foi adquirido há meia dúzia de anos. O comprador, Mário Ferreira, comprou mais de meio milhão de chapas de vidro, a maioria retratos, e também as máquinas fotográficas. Agora lançou o Espólio Fotográfico Português e um volume que dá a conhecer a riqueza e variedade do espólio da Foto Beleza (a partir de peça jornalística de Sérgio C. Andrade, Público de hoje).
Naquele sítio da internet, escreve o historiador Fernando Sousa:
"Contudo, a fotografia sofreu também um processo de banalização. O período áureo da circulação dos postais ilustrados em Portugal – início do século XX – foi também aquela época em que todos puderam e quiseram ter acesso à fotografia. Mesmo as famílias mais humildes dos locais mais recônditos poderiam agora tirar o seu retrato, deslocando-se a qualquer núcleo urbano mais próximo de pequena dimensão, uma vez que os fotógrafos profissionais espalhavam-se já praticamente por todo o país. Para os estratos populares das regiões mais interiorizadas, o primeiro retrato fotográfico era um objecto de grande significado e, por vezes, de certa negação da sua própria condição social, ao ponto de ser habitual pedir às pessoas mais abastadas da terra o empréstimo das roupas que iriam aparecer no retrato (especialmente no que tocava às crianças)".
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