Tem 47 anos e três filhos, começou por trabalhar como agente literária e passou para editora da BBC na Escócia (1988) e directora do Channel 4 (2000). Hoje, Tessa Ross vai representar a produtora Film4 na cerimónia de atribuição dos óscares, através do filme Quem Quer Ser Bilionário, dirigido por Danny Boyle, com 12 nomeações incluindo as de melhor filme e melhor realizador.
O Observer de hoje dedica-lhe uma página (texto de David Smith). A Film4 é uma conceituada produtora de audiovisual no Reino Unido. Dos filmes feitos na Film4, destaco Trainspotting, Quatro Casamentos e um Funeral, Hunger, de Steve McQueen, Happy-Go-Lucky (Um Dia de Cada Vez), de Mike Leigh, e In Bruges, de Martin McDonagh (que ainda não vi).
O tempo de crise também se abateu sobre a Film4. O Channel 4, de que depende a Film4, teve um pesado corte orçamental, da ordem de 150 milhões de libras (quase o mesmo em euros). Além da crise financeira, a concorrência da tecnologia digital é outro elemento a considerar. O orçamento anual da Film4 é de 10 milhões de libras e 11 colaboradores no total. Se o filme Quem Quer Ser Bilionário ganhar um ou mais óscares, a situação pode melhorar. Se não ganhar, a produtora corre o risco de fechar. A acontecer tal, o audiovisual inglês poderá regressar à má situação vivida nos anos de 1980. O Channel 4 depende do Estado.
Sobre o Channel 4, Tessa Ross elogia o serviço público. E elogia igualmente os realizadores e produtores que com ela trabalham: "O privilégio é gastar dinheiro com pessoas que têm imaginação e profundidade de pensamento e querem experimentar todo o tipo de caminhos".
No vídeo, o trailer de Um Dia de Cada Vez, com Sally Hawkins no papel de Poppy (que me fez lembrar O Destino Fabuloso de Amélie Poulenc e, injustamente, a série Casei com uma Feiticeira).
1 comentário:
Tinha expectativas altas sobre o "In Bruges" e saíram frustradas. As expectativas eram: pela sensualidade de Colin Farrell (sou maria) que apenas tinha visto no "The New World"; a marca de qualidade Ralph Fiennes; e alguns prémios "tipo" Óscar. O imaginário sensual (uma boa e ampla Razão para ver filmes) ruiu, a marca de qualidade tornou-se mais frágil, e os prémios são o que são. A salvar, a surpreendente e excelente prestação de Fiennes. Em conclusão: mais um filme em que Gastar duas horas de vida. Esta é uma mera opinião daquelas que contribuem para a aposta (ganha) em coisas tipo twitter. Aproveito para agradecer e dar os parabéns ao blogue.
Enviar um comentário