sábado, 21 de fevereiro de 2009

CRISE NA INDÚSTRIA LIVREIRA

O Expresso de hoje dedica uma página a falar da crise nas editoras (texto de Carla Tomás). Há uma quebra desde finais de 2008, acompanhando a situação geral. Uma das editoras entrevistadas pelo jornal fala de uma redução de 20% face a 2007. Outra editora diz que há livreiros que não pagam aos distribuidores e estes às editoras, varrendo toda a cadeia de valor.

Mas há dados contraditórios. Um estudo de mercado feito pela GKF, e citado na mesma notícia, diz que se venderam 13,7 milhões de livros o ano passado, um aumento de 1% relativamente a 2007, sem contar com os livros escolares e a que correspondem €157 mihões. Por ano, são lançados no país 12 a 14 mil títulos (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros), quando em 2005 eram 10 mil (Observatório de Actividades Culturais).

O Público, por seu lado, dá conta da má situação da editora Campo das Letras. Citando Jorge Araújo, que detém 51% das acções da empresa, a editora pode desaparecer até ao final do mês, se não aparecer um investidor com um milhão de euros. Às quebras de vendas juntou-se a falência da ECL (Empresa de Comércio Livre), uma distribuidora de livros. A Campo das Letras tem 17 empregados, 1407 títulos e representa 536 autores portugueses (entre os quais me incluo) e 318 estrangeiros.

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