Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 8 de março de 2009
JORNAIS: DO FINAL DO SÉCULO XIX AO LONGO PERÍODO DO ESTADO NOVO
No final do século XIX, o Século publicava 53 mil exemplares diários, com grande audiência nas camadas médias urbanas e notável penetração fora de Lisboa (Tengarrinha, 2006: 172). Nascera republicano mas, com a saída de Magalhães Lima, passou a envolver-se menos na luta política. Semelhante tiragem tinha o Diário de Notícias, conservador e apartidário embora veiculando a posição do poder.
Na altura do golpe militar de 1926, havia 17 jornais diários em Lisboa e 3 no Porto. Também noutras cidades havia jornais diários (Braga, Évora e Coimbra). Entre 1928 e 1974, Tengarrinha distingue três fases na relação entre o poder político e a sociedade (e os jornais), com a primeira decorrendo até 1931, com a atenção principal a incidir sobre a triagem da informação, embora sem critérios muito definidos. A segunda (1931-1954) foi marcada pela preocupação central de afirmação do regime, segundo linhas de orientação bem identificadas de modo a ser criado uma opinião pública favorável. A terceira é dominada pela preocupação de impedir informação desfavorável ao regime.
Leitura: José Tengarrinha (2006). Imprensa e Opinião Pública em Portugal. Coimbra: MinervaCoimbra
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