
A exposição Arquivo Universal. A condição do documento e a utopia fotográfica moderna, no Museu Colecção Berardo (Centro Cultural de Belém), reflecte sobre o documento e o documentário, que aparecem simultaneamente no campo artístico, nas ciências sociais, no direito e na historiografia (sigo de muito perto o Guia da Exposição, com texto original de Jorge Ribalta e versão portuguesa de Clara Távora Vilar e Nuno Ferreira de Carvalho). Ao longo do século XX adquire significados diferentes.
A exposição não se propõe fazer uma história mas micro-histórias. O documento associa-se às lutas pelos direitos civis, a ideia e desenvolvimento do Estado-Providência e a produção de imagens sobre os desfavorecidos.



Mas, ao arquivo, sucede a desmaterialização, o espectro da imagem, com a introdução da tecnologia digital na fotografia. Conclui Jorge Ribalta que o Photoshop e a máquina digital acabam com o realismo fotográfico.
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