sexta-feira, 12 de junho de 2009

PORTO ANTIGO

2 comentários:

Daniel Ribas disse...

Olá Rogério,
Estou a adorar as fotos que tens colocado. Têm um look e uma cor muito retro. As fotos ficam muito bonitas e muito diferentes da actual "perfeição" do digital.

É por isso que ainda gosto de tirar fotos com a Pentax que o meu pai tinha (gastei um bom dinheiro só a limpar as lentes). Ficam exactamente com esta cor, que também me faz lembrar do cinema português dos anos 80.

Há que goste de aplicar filtros no Photoshop para conseguir este efeito. Eu prefiro tirar as fotos ainda com película, usando máquinas analógicas.

Daniel

Rogério Santos disse...

Obrigado, Daniel. Na realidade, o que estou a fazer é transferir imagens em diapositivo, que tirei ao longo das décadas de 1970 e 1980, para formato digital. Concluo agora que o diapositivo era uma forma muito pessoal de fazer imagem, quase no sentido de aura dado por Benjamin, pois as imagens perdem-se na caixa dos diapositivos, ao passo que é mais fácil e publicitável o formato digital. Estas é a vantagem do digital. Como há perda de cor, eu faço experiências em tonalidades, saturando-as e seguindo a memória que tenho de folhear os postais ilustrados das primeiras décadas do século XX: preto e branco, sépia e zonas coloridas (roupa, por exemplo). Isto é, a memória da imagem é mais antiga que a dos filmes dos anos 1980. Além disso, o material fotográfico analógico que tinha era mais requintado (mais caro), com lentes diferentes e obrigando a um trabalho mais apurado, mesmo que nunca tenha deixado de ser amador (e leigo). A profundidade de campo é uma prática que não sei aplicar com o material que agora uso; daí não haver recorte e as cores não serem muito diferenciadas. Essas são as vantagens do analógico.