Ontem, o Expresso dedicava duas páginas ao negócio dos concertos e festivais de Verão de música pop (textos de Alexandra Carita). Os festivais movimentam três milhões de pessoas e valem € 33 milhões. Os brasileiros Gilberto Gil, Gal Costa, Bethânia, Chico Buarque e Ney Matogrosso fizeram encher os Coliseus na década de 1980, os Police e os Rolling Stones passaram por Portugal na década de 1990.
Foi em 1991 que se criou a promotora Música no Coração, de Luís Montez e Álvaro Covões, doravante a grande organizadora de espectáculos. A reedição do Festival de Mouros (1996) e do Festival do Sudoeste, na Zambujeira do Mar (1997), foram marcas de água da empresa. Depois, em 2007, os dois sócios separaram-se e Covões criou a Everything Is New. Montez controla o Festival do Sudoeste e o Super Bock Super Rock, Covões o Optimus Alive. Daquele a notícia não indica os ganhos, deste diz que detém 30% do mercado, incluindo os espectáculos realizados pelo Estado e por autarquias. Covões tem dez colaboradores permanentes, Montez tem estações de rádios como a Radar e a Oxigénio. Por norma, o artista ganha cerca de 90% das receitas e o promotor fica com 10%. A queda de vendas de discos levou os artistas a darem mais concertos. Os promotores, além dos contactos com os músicos, procuram sempre patrocinadores, entidades que apoiam os custos de produção dos espectáculos.
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