A Casa-Estúdio Carlos Relvas (1838-1894) fica na Golegã, de onde o fotógrafo era natural. O estúdio (ou chalet, como ficou conhecido), inaugurado em 1876, teve projecto do próprio Relvas, com traços revivalistas que vão do neo-gótico ao neo-romântico e que parecem antecipar arte nova, pela utilização do ferro forjado (33 toneladas usadas) e do vidro como materiais essenciais. O vidro permite entrar muita luz, preciosa para o trabalho do fotógrafo na exposição lenta dos seus modelos. Rico proprietário e lavrador da planície ribatejana, o fotógrafo expôs e ganhou prémios em Portugal, França, Áustria, Estados Unidos e outros países. A Casa Carlos Relvas foi reaberta em 2007, depois de obras de restauro, já na posse da autarquia da Golegã. Sítio a visitar, ele combina com a obra de José Relvas, seu filho, mais voltado para a pintura, faiança, arte sacra e livros, como se pode ver na Casa dos Patudos, em Alpiarça. Se Carlos Relvas foi monárquico, José Relvas proclamou a República em Outubro de 1910.
Com cerca de seis mil habitantes, a Golegã é igualmente conhecida pela sua igreja matriz, designada por Nossa Senhora da Conceição, do século XVI e um dos exemplares melhor conservados do estilo manuelino, e pela feira nacional do cavalo. Curioso o signo usado na publicidade de rua das lojas da Golegã: o cavalo está sempre presente nessa sinaléctica.
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