Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sábado, 28 de novembro de 2009
EMILIO SALGARI POR PEDRO MEXIA
Eu também li Emílio Salgari (1862-1911), pelo que agradeço a Pedro Mexia ter recordado o escritor na sua coluna semanal do Público. E igualmente Julio Verne, embora não tanto como algumas pessoas da minha geração. Ambos escreveram romances de aventuras fascinantes e a sua leitura permitia sonhar e idealizar como seriam as paisagens e os contextos sociais e culturais, coisa que nem os próprios sabiam. É que o seu conhecimento vinha de livros e de enciclopédias, pelo que punham a imaginação a funcionar.
A banda desenhada e o cinema animado de ficção científica funcionam no mesmo registo, e de igual modo as sucessivas modas de filmes de extra-terrestres, monstros ou como a leva de filmes actuais de vampiros.
Muito interessante no texto de Pedro Mexia: em quase duas das quatro colunas ele referencia outro autor, Umberto Eco, no seu livro A misteriosa chama da Rainha Loana. Eco faz uma longa e elogiosa observação a Emilio Salgari. Este, continua Mexia, vinha de uma família modesta e teve uma existência problemática: a mulher enlouqueceu, ele temia cegar e acabou por se suicidar "à japonesa", com os editores continuamente a explorarem-no, pagando-lhe pouco pelos três romances que produzia por ano.
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