No jornal New York Times de hoje, o novo jornal i é tema de um artigo assinado por Eric Pfanner (a partir de Paris). O artigo começa por dizer que Portugal é dos países com menor leitura de jornais; logo, lançar um novo diário é uma grande aventura. Além disso, o investimento publicitário nos jornais desceu 40% este ano.
O jornal americano ouviu José-Manuel Nobre-Correia (professor da Universidade Livre de Bruxelas), João Palmeiro (presidente da Associação Portuguesa de Imprensa) e Avillez Figueiredo (director do jornal e detentor de 5% do seu capital). O New York Times aponta algumas características do novo jornal: parece mais uma revista que um jornal, é agrafado, não segue o alinhamento tradicional dos jornais (notícias, editoriais e páginas de opinião, economia, desporto e cultura), mas coloca os editoriais e artigos de opinião no princípio do jornal, a que se seguem histórias políticas, económicas e outras mas sem estarem desligadas umas das outras. A secção final, Mais, agrupa as notícias de entretenimento, cultura e desporto.
O jornal i atingia 16,3 mil exemplares diários em termos de vendas no passado mês de Agosto, valor ainda abaixo dos outros jornais de qualidade (Público com 37 mil e Diário de Notícias com 31 mil). A publicidade no i está abaixo das expectativas (em 45%), mas o grupo Lena, que investiu €10 milhões, está satisfeito com os resultados, esperando atingir resultados positivos em cinco anos e o pagamento do investimento em oito anos.
Martim Avillez espera criar com o i uma marca forte, alargando-a para outros media. O grupo Lena (cujo negócio central é a construção civil) tem um conjunto sólido de jornais regionais.
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