PASTELARIA ARTESANAL

Pedrita (Rita João, Pedro Ferreira) e Frederico Duarte lançaram-se numa agradável aventura no campo da doçaria, aliada ao design, que resultou no livro bilingue Fabrico próprio. O designs da pastelaria semi-industrial portuguesa. The design of Portuguese semi-industrial confectionery. O livro, saído em 2008 e financiado pela Direcção-Geral das Artes e pelo Ministério da Cultura, tem como principal objectivo o "registo «enciclopédico» de vários espécimes de bolos da pastelaria quotidiana portuguesa - incluindo alguns casos da pastelaria regional ou doçaria conventual que passaram a fazer parte dessa pastelaria".

Mais à frente, os autores explicam que "estes produtos são feitos à mão, de acordo com uma receita que tem menos de tradicional do que poderíamos pensar à partida. E quando observamos um pouco melhor o processo segundo o qual são produzidos, verificamos que se justifica o termo industrial para falarmos de manufactura".

As massas, as relações entre doçaria e arquitectura, design e pastelarias de Moçambique, mãos de açúcar e afecto, são alguns dos ensaios do livro que nos mostra as formas e a história de bolos como o caracol, o croissant, o queque, a rocha, o bolo de arroz, a madalena, o indiano e o esquimó, para referenciar alguns. O livro fala ainda dos clientes nocturnos que procuram comprar bolos quando estes saem do forno, como na Praça do Chile ou na Avenida João XXI, em Lisboa.