Por volta do ano de 1900, um novo movimento artístico nascia em várias cidades europeias, a arte nova: Paris, Bruxelas, Berlim e Viena. Miguel de Lis, após viagens pela Europa, encomendou ao arquitecto Joaquin de Vargas, a construção de um edifício em Salamanca, inspirado naquela corrente modernista, quase em frente ao rio Tormes. As linhas arquitectónicas do novo edifício provocaram uma larga discussão nos habitantes da cidade. Mas a beleza do interior é ainda mais entusiasmante, com galerias de vidro e ferro e decorações florais e cenas do quotidiano carregadas de simbolismo. Don Miguel pouco tempo de vida teve para usufruir da casa, pois morreu em 1909. O local entrou em decadência pouco depois, mas a autarquia de Salamanca recuperou o edifício, hoje um magnífico espaço a visitar. É aqui que entra Manuel Ramos de Andrade, coleccionador inato de arte nova e art déco que comprou as suas peças ao longo de uma vida inteira e as doou à cidade, mais tarde, e que se apresentam no museu.
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