Os clubes são fundamentalmente do litoral do país, reflectindo a diferença entre litoral e interior. Despromovido o Leixões, a cidade (área metropolitana do Porto) fica com um único clube (Porto) e o distrito com mais um (Rio Ave), prova da perda de força económica e social daquela zona do país. Lisboa mantém o Benfica e o Sporting mas perdeu o Belenenses, o que significa uma perda – embora não tão significativa (até porque o novo campeão provém desta cidade). O Minho aparece com uma boa representação (Braga, Guimarães, Paços de Ferreira). É certo que há crescimento em cidades como Braga mas o distrito tem igualmente muitos problemas económicos, pelo que tenho alguma dificuldade em provar a minha “cientificidade” da relação dos clubes com o desenvolvimento das cidades. À medida que descemos para sul, algumas cidades junto ao litoral mantêm os seus clubes: Coimbra (Académica), Figueira da Foz (Naval), Leiria (Leiria), Setúbal (Setúbal). Ou vêem-nos regressar, como Aveiro (Beira Mar). Há mais duas áreas geográficas importantes pelo turismo: Madeira (Marítimo, Nacional) e Algarve (Olhanense e o agora regressado Portimonense).
Do interior do país (Alentejo, Beiras, Trás-os-Montes) ou dos Açores não resta nenhum clube. Os últimos, se não me falha a memória, foram Campomaiorense (Campo Maior), Santa Clara (Açores) e Chaves (Chaves). Já há muitos anos que Évora ou Viseu não têm clubes na Primeira Divisão – e aqui as cidades têm registado crescimento económico e urbano, o que contraria a minha “ciência”.
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