domingo, 5 de dezembro de 2010

BRECHT NO TEATRO ABERTO

Uma sala de teatro cheia é um consolo, como a que se verificou na Sala Azul do Teatro Aberto, onde está em cena O senhor Puntila e o seu criado Matti, de Bertold Brecht, numa versão João Lourenço e Vera San Payo de Lemos, dramaturgia de Vera San Payo de Lemos, encenação e realização de vídeo de João Lourenço e música de Mazgani.

Retiro a sinopse do sítio do Teatro Aberto: "Puntila [Miguel Guilherme], um proprietário rural que aprecia demasiado a bebida, sofre de dupla personalidade: quando está sóbrio é arrogante e egocêntrico, quando está ébrio é fraternal e compassivo. Oscilando entre ambos os extremos, surpreende e confunde tudo e todos, amigos, desconhecidos e subordinados, em especial Matti [Sérgio Praia], o seu motorista e confidente. Escrita em 1940, durante o exílio de Brecht na Finlândia, esta peça é «uma comédia de carácter em tom popular», baseada numa comédia de enganos e em contos da escritora finlandesa Hella Wuolijoki. O tema do senhor e do servo surge tratado numa panóplia de figura e situações, impregnadas de humor e poesia. Ao som de baladas, dança-se o tango finlandês, cantam-se louvores à exuberância da natureza e aos prazeres da bebida, sabendo que, apesar do sonho da igualdade entre os homens, «a água e o azeite nunca se vão misturar»".

No foyer do teatro, há uma exposição de cartazes e imagens de peças de Brecht anteriormente apresentadas pelo Teatro Aberto, no que é um dos autores de referência daquele teatro da Praça de Espanha.

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