Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 5 de dezembro de 2010
YUKI E NINA
Dirigido por Hippolyte Girardot e Nobuhiro Suwa e filmado em França e no Japão, com Noë Sampy e Arielle Moutel nos papéis principais de Yuki e Nina (2009), a história conta-nos a existência de duas pequenas amigas, que partilham segredos e brincadeiras, que se vão separar porque uma delas vai viver para o Japão devido ao divórcio dos pais. Se numa primeira parte assistimos ao desenrolar das iniciativas de separação, a segunda parte centra-se em Yuki e na sua decisão de acompanhar a mãe para o Japão. A narrativa deixa a linearidade e adquire um estatuto mais onírico, de desconstrução e regresso ao passado muito recente, com uma fuga pela floresta que as crianças julgam estar povoadas por fadas e duendes capazes de as ajudar. Com narrativa lenta e planos de uma grande geometria, o filme indica-nos o começo da maturidade das meninas, em que a floresta corresponde ao rito de iniciação e transição para uma idade mais responsável.
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