A mensagem anterior, sobre contratações da TVI, leva-me a concluir existir hoje um mercado de transferências de vedetas e quadros muito especializados e dirigentes nos canais televisivos, no que parece constituir uma nova característica do audiovisual português. Claro que o mercado nacional é pequeno, mas já permitiu criar uma indústria de actores nacionais como nunca as indústrias culturais portuguesas o permitiram e que tem contribuído para o sucesso das novelas da TVI.
Num momento em que as audiências dos canais generalistas se aproximam, parecendo estar a chegar o dia em que a liderança de audiências pode ser disputada pelos três canais (dois comerciais e um público), é muito importante seguir as movimentações de saídas e entradas de vedetas e dirigentes (programadores, directores de ficção), primeiro na SIC, agora na TVI.
Falta ainda conhecer a empresa que ganhou o concurso para fazer audimetria na era da televisão digital, o que estará para muito breve. E a nomeação de um novo provedor do telespectador da RTP, assunto que parece esquecido, depois da recusa pelo Conselho de Opinião de uma especialista indicada para o cargo. Com a definição do operador de audimetria (e a nomeação do provedor), o mercado televisivo ficará distinto do actual - prova que a televisão é ainda a actividade principal no conjunto dos media.
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