quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

REDES SOCIAIS NO NORTE DE ÁFRICA E MÉDIO ORIENTE

A rede social Twitter confirmou ontem ter estado fechada pelas autoridades egípcias. Quando a revolta no Egipto parecia tomar o mesmo rumo dos acontecimentos da Tunísia, onde os governantes que se mantinham no poder há décadas foram contestados e expulsos, o governo egípcio desligou o acesso à rede social. Na Tunísia, grande parte da população, em especial a mais jovem, usou o Twitter, Facebook e YouTube nesse levantamento, repetindo manifestações semelhantes ocorridas no Irão em 2010.

As redes sociais estão a desempenhar um papel de mobilização social igual ao do telemóvel no começo da década passada. Acaba por ser mais eficiente dada a malha de redes pessoais ser mais complexa, capilar e dispersa mas chegando aos mesmos receptores que o telemóvel, para não falar na menor eficácia de contactos via panfleto em papel quando não existiam estas tecnologias electrónicas. Por seu lado, a televisão faz a recolha e tratamento de informação, conferindo uma narrativa aos dados dispersos que chegam às redacções. A televisão amplia, a televisão chega aos outros lugares, aos outros países, permite ensaios noutros espaços, comparabilidades e hipóteses de mudança.

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