Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 4 de março de 2011
PORTO
De repente, lembrei-me do dia em que foi anunciada a dissolução dos Beatles. Fernando B. e eu descíamos a baixa do Porto a trautear as músicas da banda inglesa, como se quiséssemos fazer uma retrospectiva encaixada na vida de adolescentes que éramos. Procurei agora no mp4 algumas músicas deles. O brilho continua ali, mas já não fiquei impressionado. Confesso que ouvi pela nostalgia das relações entre o consumo original das músicas, através da rádio, e as histórias pessoais vividas à época.
Não chegámos à porta da sala de espectáculos quase em frente ao café da Brasileira, hoje renomeado café di Roma, com uma clientela escassa, porta aberta para a rua deixando entrar o fio da manhã de inverno e com um som musical ambiente deprimente, numa parcela de rua em que os bancos desapareceram, tendo ficado edifícios inúteis e fechados. Parece-me, contudo, que o título da peça (ou musical?) se assemelha aos de então. Vai dar banho ao cão é um título que não soa bem, quase infeliz, diria.
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