O Rapaz da Última Fila, de Juan Mayorga, com António Filipe, Andreia Bento, Maria João Falcão, Pedro Carraca, Marc Xavier e Pedro Gabriel Marques na representação e com cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves, está em cena no Teatro da Politécnica dos Artistas Unidos. Conta a história de um aluno de dezassete anos que se senta habitualmente na última fila das aulas.
Por regra, qualquer aluno que se senta atrás quer passar anónimo porque não tem muito interesse no que acontece na sala. Neste caso, o aluno responde ao pedido do professor de literatura para a turma escrever sobre o que fez no fim de semana. O rapaz escreve sobre a vida de uma família de três elementos, a partir de um colega a quem ajuda a estudar matemática em troca de apoio no estudo de filosofia. O professor pergunta porque o aluno escolheu o tema. Depois, estabelece-se entre os dois um jogo em que o aluno continua a narrar a história daquela família. O rapaz da última fila – afinal, a fila do escritor, do artista – sente uma atração pela mãe do colega. A situação fica preocupante, o professor pede para o aluno parar, este descobre onde o professor vive e conversa com a sua mulher, que explorava uma galeria de arte em véspera de encerramento por falta de clientes compradores das peças que tem para vender. O professor e a mulher não têm filhos. O professor proíbe o aluno de voltar a casa dele.
Trata-se de uma peça que se vê com muita atenção, bem desempenhada e com uma narrativa de algum humor e motivos de reflexão.
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