Regresso a Casa, peça de Harold Pinter e encenação de Jorge Silva Melo é a história de uma família de um pai e três filhos, mais um tio, em que o primogénito regressa a casa depois de uma ausência de seis anos, nos arredores de Londres. Família da classe trabalhadora (um taxista, um talhante de carne, um empregado que treina boxe para ser profissional, um profissional ligado à prostituição). O filho regressado (Teddy, Ruben Gomes), professor universitário nos Estados Unidos, traz a mulher.
O pai Max (João Perry) ocupa o centro da cena. O seu sofá é o trono sob o qual tudo gira. No final, a mulher, que deixa partir o marido sozinho, senta-se no sofá, evidência que aquele lar passa a rodar em torno dela. Em diálogos duros, repetitivos e sincopados, como se de monólogos se tratassem, vamos começando lentamente a saber da história da mulher, mãe de três filhos. Antes do casamento, Ruth (Maria João Pinho) fora modelo e os filhos tinham então nascido. Ela crescera perto do sítio onde Max e a família moravam, e voltava, fazendo um arco completo: nos Estados Unidos havia muita areia e muito pó. A economia doméstica do lar alterava-se: embora com um pequeno investimento de cada membro da família, a mulher regressada trataria do lar e o dinheiro obtido por ela na prostituição daria prosperidade ao lar. A mulher, afinal, ocupava o lugar vago de Jessie, a mãe prostituta e que Lenny (Elmano Sancho) vinga com Ruth. Sam, o tio (Jorge Silva Melo) contou uma história da cunhada já falecida e desmaiou. Antes, filosofara Max: "Se calhar não é má ideia ter uma mulher em casa. Se calhar até é uma coisa boa. Quem sabe? Se calhar devíamos ficar com ela".
Boa representação, sala quase cheia no dia da estreia da peça no Teatro S. João (foto da companhia Artistas Unidos).
O pai Max (João Perry) ocupa o centro da cena. O seu sofá é o trono sob o qual tudo gira. No final, a mulher, que deixa partir o marido sozinho, senta-se no sofá, evidência que aquele lar passa a rodar em torno dela. Em diálogos duros, repetitivos e sincopados, como se de monólogos se tratassem, vamos começando lentamente a saber da história da mulher, mãe de três filhos. Antes do casamento, Ruth (Maria João Pinho) fora modelo e os filhos tinham então nascido. Ela crescera perto do sítio onde Max e a família moravam, e voltava, fazendo um arco completo: nos Estados Unidos havia muita areia e muito pó. A economia doméstica do lar alterava-se: embora com um pequeno investimento de cada membro da família, a mulher regressada trataria do lar e o dinheiro obtido por ela na prostituição daria prosperidade ao lar. A mulher, afinal, ocupava o lugar vago de Jessie, a mãe prostituta e que Lenny (Elmano Sancho) vinga com Ruth. Sam, o tio (Jorge Silva Melo) contou uma história da cunhada já falecida e desmaiou. Antes, filosofara Max: "Se calhar não é má ideia ter uma mulher em casa. Se calhar até é uma coisa boa. Quem sabe? Se calhar devíamos ficar com ela".
Boa representação, sala quase cheia no dia da estreia da peça no Teatro S. João (foto da companhia Artistas Unidos).
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