Em 29 de Dezembro de 2003, escrevi um pequeno texto aqui sobre Adriano Paiva, a quem se atribui uma parcela da invenção da televisão, quando disse: "Com o novo telescópio, [...] transformado em corrente eléctrica, o movimento luminoso percorreria docilmente o caminho que nos aprouvesse dar ao fio destinado a conduzi-lo; e de um ponto do globo terrestre seria possível devassar este em toda a sua extensão". Hoje, volto a recordar a figura do cientista, servindo-me de um texto publicado na revista Flama, a 12 de Setembro de 1969, assinado por Pinto Garcia.
Adriano Paiva Faria Leite Brandão, conde de Campo Belo, propusera uma solução para a televisão, em carta de 27 de Abril de 1878. A isso chamou telescópio eléctrico. Adriano Paiva descobrira que o selénio poderia ser um material transmissor. Docente de Física na Academia Politécnica do Porto, ele precisava de dinheiro para apetrechar o seu laboratório, o que não conseguiria. O inventor estava no domínio da técnica. Depois, com experiências na Europa e nos Estados Unidos, pelas mãos de outros inventores, chegava-se à televisão. Primeiro, o aparelho, depois os conteúdos, como reflectiu Raymond Williams.
Sem comentários:
Enviar um comentário