sábado, 24 de janeiro de 2015

Falar de rádio em Alcoutim



Foi ontem à noite em Alcoutim. O mote inicial foi a exposição de telefonias (rádios) da colecção de Orlando José, na Casa dos Condes, patente até ao final do mês. Depois, foi a apresentação do meu livro A Rádio em Portugal, 1941-1968 por Adelino Gomes (que desempenhara o mesmo papel na SPA, no final do ano passado, agora com um discurso mais pedagógico, orientado para um público generalista mas apaixonado pela rádio, levando memórias de sons, como os sinais horários da estação oficial Emissora Nacional / Antena 1) [o vídeo abaixo dá conta de um momento da sua apresentação; peço desculpa pela não boa qualidade do mesmo] [a última fotografia foi tirada por João Carlos Simões].

Encontrámos um ambiente inesquecível. Agradeço a Cristina Ahrens e à sua equipa ligada à câmara municipal e junta de freguesia pela inclusão do meu livro na 50ª tertúlia da Casa dos Condes. E à assistência, com os seus testemunhos e memórias, de que relevo Carlos Brito, antigo dirigente do Partido Comunista, que lembrou, da sua infância, os receptores a bateria, ainda não havia electricidade pública e para as habitações na região. A associação recreativa de Alcoutim tinha uma bateria de reserva, carregada em Vila Real de Santo António ou Beja. Para o mesmo participante, os profissionais da rádio constituíram um elemento essencial para a formação da opinião pública que levou à queda do regime político em 1974. Outro participante, o actor Francisco Brás, que dirige o TEA – Teatro Experimental de Alcoutim, lembrou o teatro e os folhetins radiofónicos tipo Simplesmente Maria e a coxinha do Tide.

 

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