segunda-feira, 30 de março de 2015

Armando Ferreira (1893-1968) e a cultura

Armando Ferreira foi alguém com uma carreira curiosa. Com o curso do Instituto Superior Técnico, ele empregou-se na APT (Anglo-Portuguese Telephone), mais conhecida como Companhia dos Telefones, com actividade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, e uma das antecessoras da Portugal Telecom. Na APT, ele foi responsável pela publicação de folhetos de relações públicas e promoção de serviços e por campanhas de comunicação de que resultariam cartazes assinados por nomes como Carlos Botelho, de 1930, reproduzido a seguir.

Logo após a conclusão do curso universitário, entrou para o jornal A Capital, onde chegou a chefe de redacção. A crítica literária, teatral e de espectáculos foi um meio onde se expressou abundantemente, naquele jornal mas também no Notícias Ilustrado, no Jornal do Comércio e no Diário Popular, aqui durante 21 anos (os recortes de notícias abaixo inseridos pertencem ao Diário Popular, de 3 e 4 de Dezembro de 1968). Alguns trabalhos humorísticos dele seriam Lisboa sem Camisa, O Casamento de Fifi Antunes, O Baile dos Bastinhos, O Galão de Alcântara, Amor de Perdigão, A Família Piranga e A Baratinha Loira. No seu obituário, nas peças noticiosas aqui impressas, indica-se que os textos dele alcançariam tiragens elevadas para o nosso mercado durante a década de 1940. A colaboração de Armando Ferreira estendeu-se ainda pelos júris dos concurso de peças de teatro patrocinado pelo SNI. Foi sócio fundador da Sociedade de Autores e Compositores Portugueses.


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