João Lagarto e Sérgio Praia interpretaram a partir da encenação de Ana Luena É Impossível Viver, com base em contos de Franz Kafka, a partir de tradução de José Maria Vieira Mendes. São figuras que se cruzam - o companheiro, o bêbado, o devoto, a criança-fantasma.
O teatro é palavra, embora no final, um dos atores dissesse preferir o silêncio. Ou o movimento. Por vezes, tem-se dificuldade em acompanhar o que as personagens expressam, mas é pelas palavras que as seguimos. Penso que seja pela complexidade dos pensamentos, por alguma insofismável característica pessoal.
Também se perguntou nesse final após a representação se um ator não podia fazer as deixas do outro. Eles e a encenadora confessaram ter trocado por vezes os papéis, o narrador tornava-se a personagem ou vice-versa. Como se fosse um jogo de espelhos ou de duplos [por isso a minha imagem do teto da sala de acesso ao auditório Isabel Alves Costa].
Sala cheia a ver os gestos, as palavras e os movimentos no espaço.
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